Redecorei meu Home Office com R$256

Eu já falei aqui da transformação que fiz no meu quarto com cabeceira de lambe-lambe mas essa não foi a única mudança feita aqui em casa nos últimos meses e tudo começa com a história das portas azuis, mas já que tô fazendo de trás pra frente (sim, o quarto foi a última delas), vamos agora falar de como eu redecorei meu home office com R$256.

O home office foi o primeiro cômodo a ficar pronto quando a gente mudou para esse apartamento, anos atrás e, desde então, ele teve algumas mudanças, mas sempre se manteve numa vibe parecida com essa aqui, num mood quase loja de brinquedos antigos: tudo bem vibrante, coloridão, de um jeito fazia muito sentido pra mim (naquele momento), mas não faz tanto hoje mais...

Imagino que eu não seja a única pessoa a sentir todos os efeitos de esgotamento e cansaço mental da pandemia na pele, e trabalhar diante de um cenário tão complicado (isso quando tinha trabalho, não é mesmo?) em um ambiente tão vibrante e saturado era uma coisa que já não estava combinando.

Na verdade, eu já sentia antes mesmo da chegada da pandemia que eu precisava muito mudar os ares desse cômodo, mas por algum motivo qualquer, não conseguia e sentia que a energia tava parada, que eu precisava de novos ares para experimentar coisas novas para crescer, evoluir... 

Alguém aí já sentiu algo parecido a ponto de conseguir me entender?

Pois bem: tava muito claro na minha cabeça do que eu precisava -respiro para organizar toda a confusão que se passava aqui dentro e a solução visual era "mais simples", já que se tratava mais de TIRAR do que colocar/trazer coisas.

E foi o que eu fiz -tirei muita, muita coisa do meu campo de visão (e não haveria algo melhor que eu pudesse fazer por mim mesmo, amém).

Pouco antes dessa mudança, rolou aquele babado do lilás (se você me acompanha no instagram, sabe do que eu tô falando): pintei uma parede inteira de lilás -a parede do computador, exatamente aquela para qual eu olho por horas ao longo dos dias -e essa foi a mudança mais significativa desde a nossa chegada aqui no apartamento... significativa a ponto de deixar ainda mais claro que eu precisava mesmo era de uma caixa branca pra ordenar as ideias, rs.

Bem, o lilás durou tão pouco tempo e foi tão insatisfatório que eu sequer registrei; foi um surto breve que me ensinou muita coisa, sendo a principal delas, como dosar uma cor para que ela não se torne um pesadelo, rs.

O principal problema com o lilás aqui foi o efeito psicológico: por mais que a cor tenha uma mensagem linda de cura e espiritualidade que eu gosto (tanto que fiz esse editorial aqui), não era compatível com o que eu tava sentindo, com a minha necessidade de ser mais prático e organizar minha vida para crescer no momento, buscando sair de onde eu estava, deixando para trás o que vem me estagnando...

Azul carrega consigo duas coisas que eu estava, claramente, precisando muito no momento -paz e equilíbrio.

Pois pronto: pode entrar, rs.

Tava muito claro na minha cabeça que essa seria, sim, minha cor do momento, mas eu não tinha muita coisa azul por perto, não queria nem poderia gastar dinheiro comprando objetos apenas para decorar um ambiente, então, segui alguns passos e conto pra vocês a seguir.

Primeira coisa foi, de fato, a interferência do azul claro das portinhas diretamente aqui dentro. 

O azul da porta trouxe luminosidade e leveza, com todo aquele mood de pousada na beira da praia e eu fiquei muito afim de deixar esse clima entrar sem medo...

O segundo passo foi tirar mais cor; depois do lilás, foi o rosa do meu locker que rodou e eu mostrei como fiz nesse reel aqui.

Eu sei que algumas pessoas preferem ele cor de rosa mas eu sempre digo que

1. Sua casa tem que fazer sentido pra você e mais ninguém;

2. A vida é muito curta para a gente ficar preso a coisas tão pequenas;

3. Caixão não tem gaveta 😂

Diante de tudo o que eu tô explicando nesse post, acho que vocês consegue entender a razão pela qual eu pintei ele numa cor neutra, né...

Em seguida, veio a criação do lambe lambe de palmeira, inspirado em uma pintura na entrada do Blueys, um café que fica em Los Angeles... 

Eu amei a simplicidade da fachada do Blueys -algo meio "galpão" de madeira branca com um coqueiro desenhado "solto" ali perto da entrada, sem muita firula, com um traço absolutamente simples e nada mais; aquilo atraiu meu olhar e entrou imediatamente para minhas pastas de referências.

A partir disso, eu criei o lambe-lambe "Respira Fundo", que tá disponível (também em versão pôster) na B.math.

Essas etapas estão detalhadas nesse idea pin: 

Por fim, minha parte favorita: a do styling, que nada mais é do que colocar as coisas no lugar de forma coordenada, tudo bem pensado e testado para uma harmonia visual, de um jeitinho que você curta a ponto de não ficar incomodado querendo tirar tudo do lugar poucas semanas depois, rs.

Como já mencionado antes, eu não queria e nem poderia gastar muito dinheiro além do que já tinha investido na tinta; então eu fui remanejando coisas aqui dentro mesmo, trazendo alguns itens de outros cômodos da casa pra cá, levando alguns do home office para outro lugar, até que foi ganhando forma e eu fui percebendo o que estava, de fato, faltando, para criar uma lista de compras bem racional e eficiente. 

Eu queria um cômodo basicamente branco e azul, mas tinha quase nada azul, então, como resolver a equação?

Em primeiro lugar, considerando que apenas uma cor fria dominando o ambiente pode pesar e cansar bastante, logo, a estratégia para contrapor esse efeito foi trazer pontinhos de fibras naturais claras, num tom levemente amarelado/quente, pra dar aquela aquecida visual -algo parecido com o que rolou no quarto, afinal, o mood é praticamente o mesmo.

De qualquer forma, ainda faltava azul, afinal, eu tinha pouquíssima coisa na cor por aqui (o rosa realmente dominava) e a solução foi a mais prática e econômica possível: gravuras nas molduras.

Lembra do Unsplash, que eu indiquei aqui nesse post?

Pois é... fui lá e selecionei algumas imagens, juntei com fotos minhas e pronto: mágica feita!

Esse é um super truque que você pode usar em casa, ao invés de sair comprando objetos aleatórios que vão perder o sentido depois de pouquíssimo tempo de uso...

O que, de fato, eu comprei pra cá:
  • Plantinhas novas (duas bromélias, uma alocácia -essas se adaptaram muito bem ao ambiente- e um clorofito -que ainda não entendeu que vai ter que ficar aqui por bem ou por mal, hahaha);
  • Um vaso decorativo da Tok & Stok (que eu tava desejando há muito tempo e entrou em promoção); 
  • Um cachepô para plantas (esse belíssimo que aparece nas fotos, branco com listrinhas pretas);
  • Duas molduras de pinus;
Esses itens, juntamente com a tinta e as impressões das gravuras e lambe, totalizaram R$256.

Talvez essa nem seja uma cifra tão baixa mas, se considerarmos quão caro está tudo hoje e como nosso dinheiro está desvalorizado, acho que foi um bom makeover, com um impacto visual considerável a um custo baixo, mais ainda se considerarmos que todo o restante já existia por aqui.

Espero que, com esse post, você consiga se inspirar e olhar para algum cantinho aí ao seu redor e enxergar um potencial de mudança que não dependa apenas de um orçamento alto. Acredita: é possível e, como já não é mais exatamente um segredo, eu vou lembrar aqui que em breve tem curso onde eu vou ensinar todas as etapas para fazer uma transformação racional, econômica e com muita personalidade em casa. 


Se você tem interesse em aprender comigo, se inscreve na newsletter (aqui) para receber novidades sobre o curso em primeira mão (t
ô me sentindo a própria Taylor Swift marketeira e capitalista com essa última frase. Pode entrar, nova era! Aquelas 📢😎😂).
Por fim, mas não menos importante, aquela lista esperta dos objetos, que vocês sempre perguntam:

Lambe-lambe: B.math
Bancada e prateleiras: feitas sob medida
Cadeira, luminária, vidro com estampa grid, moldura filete dourada, molduras brancas e molduras de pinus na prateleira superior: Tok & Stok
Caixas organizadoras de papelão e moldura de acrílico neon: Imaginarium
Telefone azul (vintage), mão de madeira: Mercado Livre
Telefone Rosa: Crosley
Molduras de pinus (mais claras): Camicado
Rádio colorido: Sunnylife, comprado na Urban Outfitters
Caixinha de som menta/turquesa: Miniso
Vaso terazzo: Angeloni
Caixa organizadora de plástico rosa, vela pontinhos azuis: Zara Home
Bolsa cesta com alça de tecido xadrez e bolsa gato da fortuna (no locker): Zara
Garrafa de vidro em formato de peixe: Tiger
Câmeras: Lomography e instax
Cabeça de urso e xícara esmaltada : Corporação de Ofícios
Caderno rosa com bolinhas amarelo neon: Meg & Meg
Grampeador Rosa: Bee Mine
Mala menta retrô: Ponto Frio

Por hoje é isso e a dica final é: não tenha medo de mudar, de ousar um pouco as vezes e de se reinventar. Esse processo é uma delícia, principalmente quando a gente consegue, de fato, vincular a casa à nossa personalidade, nosso momento e nossas necessidades.

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Beijos do Math e até a próxima!

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