Porque algumas memórias merecem sair das pastas digitais e ganhar forma, papel e carinho. Vem se inspirar e criar o seu álbum interativo.
Durante nossa última viagem de fim de ano, em um dos nossos encontros, pedi pro tio Gerson (o tio mais próximo do Sander) me mostrar como ele era quando mais novo -por mera curiosidade, já que ele é careca e eu não conseguia imaginar como era a versão dele com cabelo... Daí que ele apareceu com três daqueles álbuns de fotos antigos enoooormes — com páginas amareladas, um monte de fotos e histórias pra contar. A gente ficou ali por horas, folheando os álbuns (enquanto eu descobria detalhes da família que eram inéditos pra mim) e comentando coisas nostálgicas como se estivéssemos diante de uma máquina do tempo 😂 e foi assim que eu não só conheci essa outra versão do tio Gerson como, para minha surpresa, descobri que eu me visto hoje EXATAMENTE como ele se vestia aos 20 e poucos anos, antes mesmo de eu nascer. Juro! As mesmas modelagens, os mesmos truques de styling etc (o que prova que o sendo de moda GLS ultrapassa a barreira do tempo? kkk). Esse momento juntos olhando fotos antigas me pegou de jeito e me inspirou a fazer um álbum de fotos para o Matheus do futuro, para ele poder olhar e lembrar de uma das experiências mais incríveis que ele já viveu até agora: a primeira viagem à Nova York (espero que a primeira de muitas).Para isso, eu procurei bastante e comprei um álbum básico com capa de linho (tipo uma tela em branco para criar em cima) com aquelas folhas com colinha e plástico para proteger as fotos, bem igual aos de antigamente.
Mas eu não quero apenas colocar fotos lá dentro: quero que o resultado reflita meu senso estético e criativo de hoje, mesclando com tudo o que eu vivi de mais legal na cidade, por isso, imaginei um álbum interativo onde a gente não fica apenas vendo as fotos em baixo do plástico. Quero algo para tocar, para mexer e se divertir enquanto folheia, sabe?
Então eu comecei a buscar referências de scrapbook e diagramação de revistas antigas para misturar tudo e criar algo que seja tão divertido quanto a viagem em si.
E como ideia boa é ideia compartilhada, não vou fazer isso sozinho: já compartilhei os arquivos criados (tem envelopes, gravuras, notas para os viajantes do futuro, selos e mais um monte de coisas) lá no nosso clube de conteúdo por assinatura, pra gente fazer isso juntos!
Ao longo desse processo, eu fui catalogando referências de journals, álbuns, revistas e zines que me inspiraram a não apenas amontoar fotos reveladas em papel, mas criar páginas com texturas, cores e detalhes em diagramações que ajudem a deixar as memórias da viagem mais vivas, mostrando que um álbum pode ser muito mais do que a gente imagina, até porque esse vai ser provavelmente o meu maior projeto de hobby do ano.
Eu tenho refletido bastante sobre a banalização da captura de imagens no nosso dia a dia: a gente tira foto de tudo, o rolo da câmera do celular vive lotado, mas quantas dessas imagens realmente guardam uma memória importante a ponto de a gente querer revisitar?
O ritual todo de selecionar, editar e revelar fotos para montar fotos num álbum é um jeito de olhar pras nossas histórias de outra forma — mais devagar e presente (ou seria passado? rs).
Já faz um tempo desde que eu montei o último álbum e uma das coisas que eu gosto nele é que as fotos foram editadas num mesmo padrão de cor, o que deu unidade do começo ao fim. Mas esse último álbum não tem nada de tão especial na diagramação, por isso, dessa vez eu quero trazer, além de fotos em tamanhos diferentes, camadas, transparência, espaços pra notas e avaliações e varias outras ideias que me inspiraram durante a própria viagem (como os negativos em formato de transparência que eu vi no mercado de pulgas do Dumbo).
Talvez, um dos motivos para eu estar tão empolgado com esse álbum esteja na historinha do começo do post, juntamente com minha percepção de como eu quase não tenho fotos da minha infância, por exemplo. Como eu era muito complexado e tímido, sempre fugia de fotos e até hoje não sou um grande fã de selfies, por exemplo, mas entendo como é importante a gente se registrar para que no futuro a possamos nos ver como fomos -com todas as histórias, imperfeições, complexo e a beleza que há na junção entre tudo isso.
Entre as coisas que estou empolgado para experimentar, estão:
A estética dos arquivos de antigamente, aquela coisa meio ficha de biblioteca, meio escritório, sabe?
Usar papéis diferentes, particularmente o papel vegetal para criar texturas e camadas.
A ideia de ter um pôster gigante extra, como tinha no meio das revistas -com fotos e notas de um dos lados.
Coloquei um pouco dessas refs aqui no post e você pode conferir o que mais tem me inspirado diretamente na minha pasta no Pinterest.
Se você também quer criar um registro para o seu eu do futuro enquanto desacelera um pouco e curte um hobby gostosinho offline, tá convidada a se tornar uma apoiadora do meu trabalho assinando o Math Club. Lá você tem acesso a todos os arquivos para montar o álbum (além dos outros projetos) e vai poder participar do nosso encontro presencial que vai acontecer no mês que vem. Vamos nos encontrar no meu café favorito para montar nossos álbuns juntos, enquanto fofocamos e comemos bolo. Todas as informações sobre data, horário e local do encontro serão compartilhadas diretamente no clube. Se você quiser participar, vem que ainda dá tempo!
Curtiu as refs e ideias? Então não esquece de salvar as imagens no seu Pinterest (me segue lá, é @blogdomath) para ter sempre à mão na hora de criar o seu. Também vale compartilhar com aquela amiga que ama projetos manuais e papelaria ;)
E claro que eu quero saber: você também tem alguma história especial com álbum de fotos? Acho que todo mundo tem, né... se não for pedir demais, me conta aqui nos comentários <3 Bjs do Math e até a próxima, Fui!
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