4 dias em Maceió - AL

roteiro de viagem piscinas naturais
Texto: Sander Souto  |  Imagens: Matheus Fernandes

Olá pessoal!
Sabe aquele momento de impulso quase inconseqüente em que você vê o objeto de desejo à sua frente  e sem pensar vai lá e compra? Pois é, foi numa dessas que fomos parar em Maceió/AL, cidade que eu já tava namorando havia muito tempo. Bastou pintar uma megapromo de passagens aéreas que já estávamos nós de malas prontas pra mais uma "pocket trip" num final de semana prolongado. E com certeza a capital alagoana não deixou a desejar. Vamo combinar que é um pouco "forçação de barra" chamá-la de "Caribe brasileiro" (o Mar do Caribe é único!), mas sem dúvidas Maceió e seus encantos já entraram pro meu "top Five" das belezas naturais mais incríveis do nosso querido Nordeste.

A primeira impressão de Maceió (ainda no município de Rio Largo, na região metropolitana) foi a melhor possível. O aeroporto internacional Zumbi dos Palmares (MCZ) é bem grande para a quantidade de voos que recebe diariamente. Com isso, nada de tumulto, esteiras de bagagens suficientes e sensação de serviço prestado com qualidade! Ponto negativo apenas pra "lonjura" até a região dos hotéis, o que leva o preço do taxi lá pras alturas.

Ainda no primeiro dia, fomos ao Teatro do Centro Cultural SESI, onde assistimos à peça "Em Algum Lugar do Cangaço", criada e encenada por guias turísticos da cidade. A atração, que já completou dez anos de existência, faz uma releitura da história dos emblemáticos cangaceiros Lampião e Maria Bonita, acrescida da hilária Nega Maluca, personagem do presente que, após viajar no tempo, vai parar no meio do sertão, no início do século XX, juntamente com o casal do cangaço. A diversão é certa, e o final é de aplaudir de pé! Adoramos.


O segundo dia de viagem foi o nosso "beach day". Como as praias urbanas de Maceió não são das mais indicadas pra banho (sim, em meio a tanta beleza há também muita sujeira!), a grande dica é curtir as praias fora da cidade. Desta vez, como o tempo era curto, nos limitamos ao litoral Sul, na famosa Praia do Francês e na delicinha da Praia do Gunga, ambas bem próximas à capital, cerca de meia hora de carro. Algo em comum entre as praias é a formação de corais próximo à costa, o que faz com que, na maré baixa, se formem piscinas super agradáveis pra quem não é muito chegado naquele vai e vem de ondas quebrando na areia. Dá pra ficar o dia sem nem perceber o tempo passar. Nós dividimos o dia entre as duas, e sem dúvidas a "do Gunga" foi a nossa predileta. Além de menos badalada, a vista da praia e dos coqueiros a partir de um estratégico mirante é daquelas imagens que o cérebro não apaga nunca.

Há quase dois anos, quando viajei pra Aracaju/SE, naveguei pelo Rio São Francisco na região do Cânion de Xingó, cenário da novela global "Cordel Encantado", e fiquei tão encantado quanto o cordel! Me apaixonei pelo "Velho Xico", e queria muito voltar a vê-lo. Foi então que no terceiro dia rumamos pra Piaçabuçu/AL, na divisa com Sergipe, pra um excelente passeio pelo Rio até sua foz, no encontro com o mar. Como chegamos meio tarde à cidade que se orgulha de ter no nome dois "ç", algo que, segundo os moradores da cidade, é único na língua portuguesa, tivemos que fazer o passeio sozinhos no barco (com o barqueiro/guia, óbvio!), o que, apesar de meio caro, deixou a aventura com um quê de "chic". O visual é incrível! Tanta água que fica difícil ver o outro lado da margem! E 13km rio abaixo, as imensas dunas indicam que o "encontro" está próximo. O barco precisa ancorar bem antes da foz, conforme orientação da Capitania dos Portos (a embarcação é "leve", e a força da água poderia comprometer a segurança), e daí o acesso até o mar é debaixo do sol ultra quente pelas areias não menos escaldantes. Mas vale muito a pena, de verdade!

O quarto dia começou cedo, pra fazermos o passeio das piscinas naturais de Pajuçara na melhor hora da maré. A partir da praia que dá nome ao passeio, são pouco mais de 10 minutos mar adentro de jangada (daquelas bem rústicas - mas seguras) até a barreira de corais que forma as piscinas. E que delícia nadar com os peixinhos coloridos! O snorkel ajuda a vê-los de pertinho, mas mesmo "por cima d'água" é fácil apreciá-los, pois a água é transparente. O chato é só que o nível da água sobe rapidamente, o que significa que é hora de voltar. Uma belezura de passeio as piscinas naturais de Pajuçara! Aliás, a orla na Pajuçara (primeira imagem do post) é linda, com um corredor de coqueiros em ambos os lados da avenida, fazendo aquele cartão postal! Nessa orla também há uma feirinha de artesanato com as típicas lembrancinhas do Nordeste, além de vários quiosques de tapiocaria. Ah, falando em tapioca, ficamos super fã da Tapioca da Edileuza, na praia de Jatiúca! A de bacalhau, a de carne de sol e a de queijo com leite condensado nos acompanharam durante as quatro noites da viagem e foram responsáveis por um incômodo excesso de bagagem corporal na volta pra casa... Rsrs...

E foi isso, pessoal! Super recomendamos Maceió e Alagoas. Ainda vamos voltar pra conhecer o litoral Norte, onde está a famosa Maragogi. De todo modo, valeu muito a pena seguir aquele impulso viajante e comprar as passagens, mesmo que pra passar só quatro dias. E, apesar da impressão de cidade um pouco descuidadinha, as belezas naturais de Maceió são mais que suficientes para tornar o passeio um sucesso absoluto.

Ah, detalhe importante: no segundo dia de viagem, nossa câmera pifou, portanto, não temos fotos com boa resolução; mas o iPad quebrou um galho e o Math improvisou um vídeo (melhor visto em HD) mostrando os lugares por onde passamos, que você vê a seguir:



E vocês, já foram a Alagoas? Que acharam do Estado e de Maceió? Alguma experiência legal? Compartilha com a gente! 

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